Não quero mais carregar o peso de um mundo, o peso da uma existência, quero esvaziar meu carrinho, quero jogar fora todo o lixo que colocaram dentro dele, todo conceito pronto, toda ideia já sabida, todo comércio fugaz, todo o mundo que não para!
Que não para de encher os carrinhos, com mais futilidades, com mais hipocrisias, com mais informações.
Não quero mais carregar o mundo sem saber o peso dele, sem ter tempo para apreciá-lo, senti-lo, cheirá-lo, degustá-lo, vê-lo, e aí sim, colocá-lo no meu carrinho. Cheio de cores, cheio de vida.
Vou parar meu carrinho aqui, em meio à velocidade da cidade, no meio do “vuco-vuco”, no meio das pessoas que correm com seus carrinhos, sem saber pra onde, sem saber para quê, sem saber por quê.
Ele vai ficar aqui, quieto, esperando... esperando a chuva, o sorriso, o sol, o choro, a neve, o inverno, um chocolate? A primavera, as flores, as cores, a cidade! Esperando um amor! Porque não? Carrinhos também podem! Carrinhos podem o que quiser
Carrinhos! “Ex-vaziem–se”! Sejam livres! Sejam vivos!
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