because I know there's nothing else that conjurs up that crushing feeling
To know there's no connection left,
that we're both going through the motions,
that we're both living somewhere else
And the movie on your eyelids,
Lugar fechado. Tudo precisava ser conhecido para dizer que é conhecido. Não há nada mais do que foi dito. Além do que foi dito não há nada. O que acontece na arena não é dito. O que precisa ser conhecido será. Sem interesses. Nada para imaginar. O lugar consiste de uma arena e um fosso.
02,03 e 04 de Dezembro as 20h
em frente ao terminal SITE do Alto da XV
R. Padre Germano Mayer
ENTRADA FRANCA
Performers Akio Garmatter, Daiane Rafaela, Maíra Godoy e Gabriel Machado.
Texto e direção Semy Monastier
Orientações de Paulo Biscaia, Luciana Barone e Marcio Matanna.
Uma realização do Coletivo Eu Também Quero Um Carrinho de Mercado
Esse trecho é o principal ponto de partida do livro CY179801.
Sozinho, mas semelhante aos outros, o usuário do não-lugar está com este (ou com os poderes que o governam) em relação contratual. A existência desse contrato lhe é lembrada na oportunidade (o modo de uso do não-lugar é um dos elementos do contrato): a passagem que ele comprou, o cartão que ele deverá apresentar no pedágio, ou mesmo o carrinho que empurra nos corredores do supermercado são a marca mais ou menos forte desse contrato. O contrato sempre tem relação com a identidade individual daquele que o subscreve. Para ter acesso às salas de embarque de um aeroporto, é preciso, antes, apresentar a passagem ao check-in (o nome do passageiro está inscrito nela); a apresentação simultânea, ao contrele da polícia, do visto de embarque e de algum documento de identificação fornece a prova de que o contrato foi respeitado: as exisgências dos diferentes países são diferentes quanto a isso (carteira de identidade, passaporte, passaporte e visto) e é desde a partida que nos asseguramos de que isso foi levado em consideração. O passageiro só conquista, então, seu anonimato após ter fornecido a prova de sua identidade, de certo modo, assinando o contrato. O cliente do supermercado, se paga com cheque ou com o cartão do banco, também declina sua identidade, assim como o usuário da auto-estrada. De certo modo, o usuário do não lugar é sempre obrigado a provar sua inocência. O controle a priori ou a posteriori da identidade e do contrato coloca o espaço do consumo contemporâneo sob o signo do não-lugar: só se tem acesso a ele se inocente. As palavras aqui quase não funcionam mais. Não existe individualização (de direito ao anonimato) sem controle de identidade.
AUGE, Marc. Não-lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade. 1ed. Campinas: Editora Papirus, 1994. p. 93/94