quinta-feira, 15 de setembro de 2011

não lugar

Insipidez de paisagens.

Uma ausência do lugar em si mesmo.

O usuário do não lugar é sempre obrigado a provar sua inocência. Não existe individualização sem controle de identidade.

O passageiro do não lugar faz a experiencia simultânea do presente perpétuo e do encontro de si.

O não lugar é o contrário da utopia: ele existe e não abriga nenhuma sociedade orgânica.

O que é significativo na experiencia do não lugar é sua força de atração inversamente proporcional à atração territorial.

É no anonimato do não lugar que se experimenta solitariamente a comunhão dos destinos humanos


fonte: Não lugares – introdução a uma antropologia da supermodernidade – Marc Augé

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