quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Será que eu agüento o peso da cesta?
Observar a cidade. Foi a primeira indicação dada aos carrinhos no inicio do processo criativo do “Plano Para Não Carregar Mais Cestas”. Sabíamos que entravamos num território movediço e as rodinhas podiam sofrer vários ferimentos. Mas estávamos lá, dispostos a riscos.
Acredito que a rua nos mova tanto, porque ela nos esfrega a sua frieza, a sua solidão. Nela não importa quantas pessoas estão ao seu redor, não importa o que você escuta, com quem você conversa. Você sempre é pequeno perto dela. Nela você percebe que a única coisa que você tem, é você mesmo. E isso dói, machuca, pesa. Porque não importa o que você faça, não adianta correr, não adianta gritar, não adianta agarrar todas as pessoas que passam pela Rua Quinze, você sempre estará sozinho.
A rua é sim, um lugar onde tudo acontece, mas a gente não percebe, a gente só passa, talvez por medo de que se você parar, ela pode esfregar na sua cara a sua insignificância. E não ha cestas que agüentem.
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E Ela se satisfez ao dar-se conta de que o mundo estava repleto de coisas sólidas que em nada dependiam sua vida.
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