E agora aqui, o que agora aqui, um
enorme segundo, como no Paraíso, e a mente devagar, devagar, quase
pára. E ainda muda, alguma coisa esta mudando, só pode ser a
cabeça, devagar na cabeça a boneca de pano esta apodrecendo, talvez
nós estejamos em uma cabeça, está escuro como em uma cabeça antes
que os vermes cheguem nela. As palavras também, devagar, devagar, o
sujeito morre antes de virar verbo, palavras estão parando também.
Melhor fora delas do que quando a vida era balbuciar? É isso, é
isso, esse é o lado bom. E a ausência de outros, isso conta por tão
pouco?Pah, outros, isso não é nada. Outros nunca são
inconvenientes pra ninguém, e deve ter um pouco por aqui também,
outros outros, invisíveis, mudos, o que isso importa. É verdade que
você se esconde deles, abraçando suas paredes, verdade, você sente
falta daquilo aqui, você sente falta dos derivativos, aqui é pura
dor, pah, você estava falando sobre isso acima e você esta vivendo
uma vida engessada.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Aquele clip num carrinho de mercado...
Esse clip trata de muitas questões que esse coletivo anseia por expurgar
terça-feira, 5 de junho de 2012
sobre não ser a garota de ninguém.
Eu tenho pelo menos umas 20 coisas mais importantes pra me preocupar.
eu tenho emails pra conferir e pra responder
eu tenho uma vida inteira pra resolver
amanhã eu preciso lavar o meu cabelo
mas eu estou aqui pensando em alguma forma de superar isso.
que sobrou. que você esqueceu e que ficou guardado aqui e não dá pra queimar como eu fiz com as outras coisas.
um dia ainda vou conseguir dar um nome pra isso.
que não é amor,
que não é saudade,
que o mais próximo que eu consigo chegar é dizer que é um grande "saco de vazio", como todos aqueles textos que você detestava.
eu ainda tenho colapsos nervosos.
eu ainda tenho frio psicológico.
eu ainda escrevo na esperança de que algum dia você leia.
eu ainda me pergunto se por algum segundo no seu dia você pensa em mim.
eu não consigo ser forte o tempo todo e hoje eu desabei.
minha garganta ainda dói como se tivesse inflamada o tempo todo.
eu já voltei a olhar pros lados pra atravessar a rua e já voltei a me importar com a chuva
mas eu ainda me pergunto se por algum segundo no seu dia você pensa em mim.
e sei que trocar a cor ou o corte do meu cabelo não vai fazer a menor diferença
porque eu ainda tremo quando vejo cabeludos passando por mim na rua.
ainda tem músicas que eu não consigo ouvir,
não que adiante ouvir músicas novas, agora todas elas fazem sentido.
eu aprendi com a Sarah Kane a "não guardar souvenirs de assassinatos", mas aquele seu moletom que um dia foi preto e hoje está tão desbotado que não dá nem pra chamar de cinza ainda está no meu armário.
foi a única coisa que sobrou de você.
e eu queria que você se importasse.
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